A doutrina dos nicolaítas: uma doutrina odiada por Cristo


Vladimir Chaves


“Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.” (Apocalipse 2:15)

Entre as cartas enviadas por Jesus às igrejas da Ásia, há uma repreensão direta à presença dos nicolaítas, um grupo que ensinava doutrinas distorcidas e perigosas. Eles são mencionados nas cartas às igrejas de Éfeso (Ap 2:6) e Pérgamo (Ap 2:15), e em ambas Jesus deixa claro: Ele odeia suas obras e doutrinas.

A doutrina dos nicolaítas envolvia ensinos que permitiam libertinagem moral, práticas sexuais impuras, idolatria, participação em festas pagãs e cultos aos imperadores romanos. Distorciam a graça, ensinando que, por estarem sob a graça, os cristãos poderiam viver como quisessem, sem consequências espirituais.

Essa doutrina era sutil e destrutiva. Misturava verdade com mentira, fé com carnalidade, liberdade com pecado; anulava o chamado à santidade e conduzia os fiéis à mornidão espiritual.

Jesus odeia qualquer ensino que afaste o povo de Deus da verdade. Tolerar tal doutrina, como aconteceu em Pérgamo, é abrir espaço para a decadência espiritual dentro da igreja.

Nos dias de hoje, a doutrina dos nicolaítas continua ativa em igrejas que suavizam o pecado, toleram o erro, promovem líderes que dominam espiritualmente as pessoas e priorizam influência e conveniência acima da verdade bíblica.

O espírito dos nicolaítas está nas mensagens que dizem: “siga seu coração”, “você merece ser feliz, mesmo que isso signifique quebrar princípios” ou “Deus entende”. É o evangelho do ego, da conveniência, do entretenimento, que afasta o povo da Palavra e os aproxima da doutrina nicolaíta.

Infelizmente, essa doutrina se manifesta de forma sutil em nossos dias, com testemunhos que trazem histórias de “superação pessoal”, colocando o próprio testemunhante no centro, como se fosse o autor da vitória (ego e soberba). Popularizaram-se ritmos de músicas pagãs, como axé, samba ou funk; embora as letras digam “Jesus”, não comunicam reverência nem aproximam o coração do Espírito Santo. Igrejas que investem tempo e energia em festividades, campanhas e programações diversas, mas negligenciam a exposição da Palavra e o tempo de oração.

Precisamos da Palavra, da direção do Espírito e de vigilância espiritual. Jesus continua buscando uma noiva pura, que abomina o pecado, ama a verdade e vive com temor.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 2:17)

 

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