“Assim tens também os que
seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.” (Apocalipse 2:15)
Entre as cartas enviadas por
Jesus às igrejas da Ásia, há uma repreensão direta à presença dos nicolaítas,
um grupo que ensinava doutrinas distorcidas e perigosas. Eles são mencionados
nas cartas às igrejas de Éfeso (Ap 2:6) e Pérgamo (Ap 2:15), e em
ambas Jesus deixa claro: Ele odeia suas obras e doutrinas.
A doutrina dos nicolaítas
envolvia ensinos que permitiam libertinagem moral, práticas sexuais
impuras, idolatria, participação em festas pagãs e cultos
aos imperadores romanos. Distorciam a graça, ensinando que, por estarem sob
a graça, os cristãos poderiam viver como quisessem, sem consequências
espirituais.
Essa doutrina era sutil e
destrutiva. Misturava verdade com mentira, fé com carnalidade, liberdade
com pecado; anulava o chamado à santidade e conduzia os fiéis à mornidão
espiritual.
Jesus odeia qualquer ensino
que afaste o povo de Deus da verdade. Tolerar tal doutrina, como aconteceu em
Pérgamo, é abrir espaço para a decadência espiritual dentro da igreja.
Nos dias de hoje, a doutrina
dos nicolaítas continua ativa em igrejas que suavizam o pecado, toleram
o erro, promovem líderes que dominam espiritualmente as pessoas e priorizam
influência e conveniência acima da verdade bíblica.
O espírito dos nicolaítas
está nas mensagens que dizem: “siga seu coração”, “você merece ser feliz, mesmo
que isso signifique quebrar princípios” ou “Deus entende”. É o evangelho do
ego, da conveniência, do entretenimento, que afasta o povo da Palavra e os
aproxima da doutrina nicolaíta.
Infelizmente, essa doutrina
se manifesta de forma sutil em nossos dias, com testemunhos que trazem
histórias de “superação pessoal”, colocando o próprio testemunhante no centro,
como se fosse o autor da vitória (ego e soberba). Popularizaram-se ritmos de
músicas pagãs, como axé, samba ou funk; embora as letras digam “Jesus”, não
comunicam reverência nem aproximam o coração do Espírito Santo. Igrejas que
investem tempo e energia em festividades, campanhas e programações diversas,
mas negligenciam a exposição da Palavra e o tempo de oração.
Precisamos da Palavra, da
direção do Espírito e de vigilância espiritual. Jesus continua buscando uma
noiva pura, que abomina o pecado, ama a verdade e vive com temor.
“Quem tem ouvidos, ouça o
que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 2:17)
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