Contrariando todas as
pesquisas e expectativas da velha guarda política, Javier Milei emplacou uma
vitória histórica em Buenos Aires. Seu aliado, pelo partido La Libertad Avanza,
superou tanto o peronismo quanto o macrismo, dois blocos que há décadas se alternam
no poder da capital argentina.
Com quase 100% das urnas
apuradas, a chapa de Milei alcançou 30,1% dos votos, enquanto o peronista
Leandro Santoro ficou com 27,4%. Já o PRO, partido de Mauricio Macri, que
governava a cidade desde 2007, foi empurrado para a terceira posição, com
apenas 15,9%.
Foi um atropelo. E não só
pelos números, mas pelo simbolismo: a capital, antes bastião do macrismo, agora
se pinta com as cores da nova direita libertária. “Hoje o bastião amarelo foi
pintado de violeta”, declarou Milei, numa referência direta às cores de seu
partido e do PRO.
A renovação de metade das
cadeiras da legislatura portenha virou um termômetro do atual cenário político.
A baixa participação, de apenas 53%, não impediu que o presidente argentino
transformasse o pleito num recado claro: sua agenda está avançando — e com
força.
Não houve segundo turno em
Buenos Aires, pois trata-se de uma legislativa, mas o impacto foi nacional. O
recado foi dado: Milei, apesar das narrativas da imprensa, está vivo
politicamente e sua base cresce justamente onde a elite política mais apostava
em derrota.
Apesar de não se tratar de
uma eleição majoritária — portanto, sem segundo turno —, o resultado foi
interpretado como um recado ao establishment político argentino.
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