Alcolumbre joga a instalação da CPI Mista do Roubo do INSS para o segundo semestre.


Vladimir Chaves


A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai demorar mais do que o previsto inicialmente. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), anunciou que a leitura do requerimento de criação da comissão ocorreria no dia 17 de junho, durante sessão conjunta do Congresso Nacional.

A expectativa anterior era de que o procedimento fosse realizado já em 27 de maio, conforme Alcolumbre havia sinalizado. A sessão de 17 de junho também servirá para a apreciação de vetos presidenciais, cuja análise está pendente — são cerca de 60 vetos aguardando deliberação.

Segundo o presidente do Senado, o adiamento foi motivado pela falta de consenso entre os líderes partidários sobre quais vetos serão votados e se serão mantidos ou derrubados. “Cabe a mim fazer o certo. E o certo é marcar a data, convocar e aguardar que as lideranças façam um compromisso, para que a gente possa deliberar”, justificou Alcolumbre.

Nos bastidores, no entanto, o adiamento tem sido interpretado como uma estratégia política para postergar a instalação da CPMI, permitindo ao governo federal ganhar tempo frente ao desgaste gerado pelo escândalo no INSS.

Com a leitura marcada para junho, a instalação do colegiado ocorrerá próxima às festas de São João, período em que muitos parlamentares se deslocam para suas bases eleitorais. Além disso, a CPMI deve coincidir com a proximidade do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 18 de julho, o que pode empurrar os trabalhos efetivos para o segundo semestre deste ano.

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