Um dos principais
estrategistas da campanha do presidenciável Aécio Neves, o senador Cássio Cunha
Lima (PSDB-PB) trabalha com a certeza de que a disputa eleitoral só será
decidida em segundo turno:
“Todas as pesquisas apontam a queda constante da presidente Dilma e a subida sustentada dos candidatos da oposição. O pacto de não agressão entre Aécio e Eduardo Campos funciona e está empurrando o governo para as cordas” disse Cunha Lima.
O senador, no entanto, não enxerga uma caminhada fácil para nenhum dos candidatos.
Já está claro que está
será uma eleição bastante instável, e isso é muito ruim para o governo, que é
quem tem mais a perder, refletiu. "A esta altura, quem sabe ler as
pesquisas vê claramente que a hipótese de solução em primeiro turno não existe
mais. Além disso, se o governo não tiver um pouco de sorte, os dois candidatos
da oposição podem muito bem passar para a segunda volta” disse.
Para Cunha Lima, está no
Nordeste a solução para seu amigo mineiro resolver a eleição. O ex-governador
da Paraíba lembra que, em 2010, a então candidata Dilma Rousseff abriu 10
milhões de votos de frente para o tucano Aécio Neves exatamente no Nordeste.
“Agora, já resolvemos a
Bahia, com um acordo que pelo menor dividirá o eleitorado. Em Pernambuco, o
Eduardo resolveu isso para nós, porque vai sair de lá bem forte, sem abrir
espaço para o candidato oficial. Falta acertarmos as coisas no Ceará” afirmou.
O ex-senador Tasso Jereissati é um dos cotados para ficar com o lugar de vice na chapa de Aécio, mas está em curso um acordo com a ala paulista do PSDB, que poderá levar o ex-governador José Serra ou o senador Aloysio Nunes Ferreira a ocupar esse lugar:
“Acho que o eleitorado de São Paulo, independentemente de estar representado diretamente na chapa, nos dará uma votação expressiva. Nosso foco, hoje, deve ser trabalhar para diminuir a distância que nos separa da candidata do governo no Nordeste” opinou.
Para Cunha Lima, "se o eleitorado se comportar da mesma maneira que na última eleição, não podemos perder a chance de nos reforçarmos onde Dilma e Eduardo são forte hoje".
O estrategista tucano não
espera um novo grande salto do presidenciável do PSDB nas próximas pesquisas.
No último levantamento CNT/MDA, Aécio Neves deu um salto de cinco pontos
percentuais em relação ao que tinha em fevereiro.
“Quando sentar na cadeira do Jornal Nacional, ou seja, depois da Copa do Mundo, Aécio terá um terço do eleitorado ao seu lado. Dali para a frente, o crescimento será mais rápido”.
Site 247
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