Revista Veja “Ranking do Progresso”: Luís Couto e Ruy Carneiro entre os 50 melhores do Brasil.


Vladimir Chaves

A Revista Veja divulgou pelo quarto ano seguido o “Ranking do Progresso” que consiste num estudo feito em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que aponta a performance  individual dos parlamentares no Congresso Nacional, no que diz respeito ao desempenho durante o ano legislativo, na defesa de propostas de ajuste à legislação, capazes de contribuir para um país mais moderno e competitivo.

Dos 12 deputados federais que compõem a bancada paraibana apenas os deputados Luís Couto (PT) e Ruy Carneiro (PSDB), conseguiram notas acima da média, ficando entre os 50 primeiros deputados com melhor performance na defesa de propostas capazes de transformar o Brasil.  


Confira a posição no ranking e as notas dos 12 deputados.

Nome deputado
Posição no Ranking
Nota desempenho
LUÍS COUTO
19º
8.17
RUY CARNEIRO
40º
7.43
DAMIÃO FELICIANO
122º
5.28
MAJOR FÁBIO
127
5,17
NILDA GONDIM
141º
4,87
EFRAIM FILHO
165º
4,32
AGUINALDO RIBEIRO
166º
4,31
BENJAMIM MARANÃO
166º
4,31
MANOEL JUNIOR
168º
4,28
HUGO MOTA
204º
3,38
WELLINGTON ROBERTO
212º
3,02
WILSON FILHO
219º
2,82

sábado, 27 de dezembro de 2014

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Ricardo Coutinho anuncia nas redes sociais a “elite” do seu primeiro escalão.


Vladimir Chaves

Sem muito estardalhaço o governador Ricardo Coutinho (PSB), anunciou na tarde de hoje (26), através das redes sociais (Twitter), a “elite” do seu primeiro escalão para gestão “Ricardo Coutinho II”.


Os nomes anunciados foram:

Secretaria de Educação: Alessio Trindade de Barros.

Secretário de Estado e Governo: Efraim Morais.

Presidente da Cagepa: Marcus Vinicius F. Neves

Secretaria de Planejamento, Orçamento, Gestão e Finanças: Tarcio Pessoa.

Chefia de Gabinete do Governador: Fábio Maia

Secretário de Comunicação: Luís Torres

Secretário Executivo de Comunicação: Célio Alves

Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e 
Tecnologia: João Azevedo Lins Filho.

Presidência da Gestão Unificada, Emater, Emepa, Interpa: Nivaldo Magalhães.

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano: Cida Ramos.

Secretária Executiva de Desenvolvimento Humano: Ana Claudia Vital do Rêgo.

Secretária Executiva de Segurança Alimentar: Ana Paula Almeida.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

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Festança: Governo Dilma gastou R$ 52,8 milhões com festividades e homenagens em 2014


Vladimir Chaves

O clima de festa na Esplanada dos Ministérios não precisa do final de ano para se concretizar. Em 2014, a União desembolsou R$ 52,8 milhões para gastos com “festividades e homenagens”. Apesar de o montante anual ser o menor destinado a este tipo de despesa desde que Dilma Rousseff assumiu a Presidência da República, o atual governo bateu recorde nesse quesito.

No primeiro ano do governo da atual presidente, R$ 54,2 milhões foram destinados às festas e atos de reverência da administração federal. O valor representou aumento de 20% em relação aos gastos do ano anterior. Nos anos seguintes, os montantes subiram para R$ 74,7 milhões, tendo sido reduzidos em 28,9% neste ano.

Órgãos mais “festeiros”

O Ministério da Defesa é o maior responsável pelos gastos deste ano. A Pasta desembolsou R$ 15,7 milhões para festividades e homenagens. Na lista de comemorações do órgão estão serviços de buffet para passagens de comando, aniversário de corporações, despedidas, confraternizações, incluindo as de final de ano, e até alguns serviços para funeral.

O Ministério da Cultura, por sua vez, destinou R$ 14 milhões à esse tipo de atividade. Os recursos foram destinados, por exemplo, para o concerto anual da Banda Heitor Villa Lobos na Casa do Patrimônio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Pernambuco. Outra utilização da verba foi em serviços de decoração do pátio interno do Museu da Inconfidência para comemorar os 70 anos da instituição.

Já o Ministério da Educação ocupa a terceira colocação do ranking com R$ 13,5 milhões pagos em 2014. Entre os eventos que contaram com gastos de festividades e homenagens estão a apresentação teatral na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca da Universidade Federal Rural do Semi-Árido e serviços gráficos, de locação, fornecimento de refeição e contratação de empresa para apresentação de músico do 5º Festival de Música da Universidade Federal de Alagoas.

Órgãos menos “festeiros”

No extremo oposto estão os ministérios das Cidades e do Desenvolvimento Social, que desembolsaram R$ 1,5 mil e R$ 198,40, para as festas e homenagens deste ano. A Advocacia Geral da União também entrou na lista por ter gasto apenas R$ 100,00 com esse tipo de despesa no ano.

Recorde por governo

Mesmo tendo reduzido os gastos neste ano, os valores desembolsados no primeiro mandato do governo Dilma cresceram 115,2% em relação às despesas do último governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em valores correntes, foram desembolsados R$ 255,5 milhões entre 2011 e 2014, contra os R$ 118,7 milhões pagos entre 2007 e 2010.

O governo Dilma pode ser considerado o mais “festeiro” desde, pelo menos, 1999. De acordo com levantamento do Contas Abertas, o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso somou gastos de R$ 23,2 milhões. Já o primeiro governo do presidente Lula somou R$ 31,2 milhões em festividades e homenagens.

A média anual de dispêndios por mandato também subiu significativamente. Fernando Henrique Cardoso gastou em média R$ 5,8 milhões. Os primeiros quatro anos do governo Lula tiveram média de R$ 7,8 milhões. A elevação da média ficou por conta do segundo mandato do petista: R$ 29,7 milhões. A presidente Dilma apresentou média de R$ 63,9 milhões por ano.

Nos últimos quatro anos, a conta do governo federal para a celebração de festas ou atos de reverência no âmbito da administração federal é maior, por exemplo, do que todo o valor desembolsado para o programa de política para mulheres em 2014, que recebeu R$ 131 milhões. O montante também é maior do que os R$ 166,6 milhões destinados ao programa para prevenção e controle do desmatamento e incêndios em florestas.




Contas Abertas

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

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Ator Ary Fontoura divulga carta pedindo para que Dilma renuncie ás mazelas que assola o país.


Vladimir Chaves

O ator Ary Fontoura, publicou em sua pagina social “Facebook” “carta pública” a presidente Dilma Rousseff (PT). O ator expressa o sentimento de indignação de uma grande parcela da sociedade brasileira, que deseja que no segundo mandato da presidente ela possa renunciar as mazelas que assolam o país. 

“Como chefe maior dessa Nação, como Presidente ou Presidenta, renuncie à corrupção, aos corruptores, aos corrompíveis, aos corrompidos; renuncie à roubalheira política, aos escândalos na Petrobras; renuncie à falta de vergonha e aos salários elevados de muitos parlamentares; renuncie aos altos cargos tomados por ladrões; renuncie ao silêncio e ao “eu não sabia”; renuncie aos Mensaleiros; renuncie ao apadrinhamento político, aos parasitas, ao nepotismo...” apela o ator.

Confira a integra da carta:

Carta à Presidente da República Federativa do Brasil - Dilma Rousseff

VOTOS DE RENÚNCIA

Meu nome é Ary Fontoura, sou brasileiro, tenho 81 anos, e exerço o ofício de ator. Acredito que, por também ser uma figura pública, Vossa Excelência tenha assistido algum dos meus trabalhos, seja no teatro, no cinema, ou na televisão. Visto que vivemos num país onde a liberdade de expressão é primazia, venho solicitar, através desta carta, me utilizando desta rede social, em nome de mais de duzentos milhões de brasileiros, a sua renúncia. Esforço-me, contudo, em explicar o meu pedido e, antes, permita-me algumas considerações.

Já vivi o bastante e ao longo de todos esses anos pude ver um grande número de presidenciáveis que, desde a Proclamação da República, seja por indicação direta das Forças Armadas, por movimentos revolucionários, por Golpe Militar, ou por voto direto, governaram este país. Assim como a Senhora, sobrevivi aos duros Anos de Chumbo e, confesso, fui um admirador dos companheiros, cujos ideais socialistas lutaram contra o Regime Militar. Mas, depois de todo esse tempo, ainda aguardo um grande Presidente para o nosso país. E acrescento que continuaremos sem tê-lo, enquanto houver um “telefone vermelho” entre Brasília e o Guarujá ou São Bernardo do Campo.

Em 24 de agosto de 1954, o Presidente Getúlio Vargas se matou em seu quarto com um tiro no peito. Na carta-testamento ele registrou: “Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada temo. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história”, preferindo o suicídio a se submeter à humilhação que os adversários queriam com a sua renúncia.

Em 1961, o então Presidente Jânio Quadros, alegando “forças ocultas”, renunciou e disse: “Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração”.

No próximo dia 1º, Vossa Excelência subirá a Rampa do Planalto em direção à governança. No entanto, a subida será solitária, ainda que partidária e com bases aliadas. Mas saiba que duzentos milhões de brasileiros, mais uma vez, subirão com a Senhora, na esperança de se desenvolverem como cidadãos, e de ascenderem coletivamente num país melhor. Por isso, reforço o meu pedido inicial de “renúncia”.

Como chefe maior dessa Nação, como Presidente ou Presidenta, renuncie à corrupção, aos corruptores, aos corrompíveis, aos corrompidos; renuncie à roubalheira política, aos escândalos na Petrobras; renuncie à falta de vergonha e aos salários elevados de muitos parlamentares; renuncie aos altos cargos tomados por ladrões; renuncie ao silêncio e ao “eu não sabia”; renuncie aos Mensaleiros; renuncie ao apadrinhamento político, aos parasitas, ao nepotismo; renuncie aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF; renuncie à falta de planejamento, à economia estagnada; renuncie ao assistencialismo social eleitoreiro; renuncie à falta de saúde pública, de educação, de segurança (Unidade de Polícia Pacificadora não é orgulho para ninguém); renuncie ao desemprego; renuncie à miséria, à pobreza e à fome; renuncie aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT.

Dizem que o Natal é uma época de trégua e que em Brasília a guerra só recomeça depois do Ano Novo. Para entrar na história, porém, não será necessário ser extremista como Getúlio e Jânio e renunciar a Presidência da República, mas será necessário não renunciar ao seu país, ao seu povo. Governe com os opositores, governe com autonomia. Faça o seu Natal ser particularmente inspirador e se permita que a sua história futura seja coerente com o seu passado, porque o brasileiro tem o coração cheio de sonhos e alma tomada de esperanças.


Votos de um Feliz Natal!

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2014: Um ano com recorde de emendas à Constituição


Vladimir Chaves

A Constituição brasileira é classificada como rígida por determinar que propostas de mudança em seu texto passem por um rito especial de votação no Congresso. Isso não significa, no entanto, que as alterações sejam poucas. Desde sua promulgação, em outubro de 1988, foram editadas 84 emendas, abrangendo de acréscimos pontuais a amplas reformas, como a administrativa, feita pela Emenda 19, de 1998, e a do Judiciário, pela Emenda 45, de 2004. Houve ainda seis emendas de revisão, promulgadas em 1994, em processo de "revisão constitucional" preestabelecido na Carta de 1988.

Desde 1992, quando foi editada a primeira emenda, sobre a remuneração de deputados estaduais e vereadores, em todos os anos houve alterações no texto constitucional. Em 2014, porém, foi alcançado um recorde: oito emendas, superando as sete de 2000.

A promulgação de uma emenda nem sempre significa consequências imediatas. Entre as mudanças deste ano, muitas ainda "não saíram do papel", seja porque foi dado prazo para o cumprimento da determinação, seja porque a norma exige a edição de regras específicas.

Veja as oito emendas promulgadas em 2014

Emenda Constitucional 77 - Permite que médicos militares acumulem o exercício de um cargo público civil na área de saúde. A hipótese já é prevista para civis, que podem ocupar dois cargos na área de saúde, conforme o artigo 37, XVI, alínea c. Promulgada em fevereiro, a emenda teve origem na PEC 122/2011, do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Outra PEC ainda em tramitação permite a acumulação de cargo civil também aos militares professores (PEC 2/2014).

Emenda Constitucional 78 - Garante o pagamento de indenização única de R$ 25 mil aos "soldados da borracha", seringueiros que foram para a Região Amazônica, na década de 1940, colher matéria-prima para uso na Segunda Guerra. A PEC 61/2013, que resultou na emenda, foi apresentada em 2013 pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O pagamento da indenização deve ser feito em 2015.

Emenda Constitucional 79 - Permite que servidores e policiais militares dos ex-territórios do Amapá e Roraima optem por integrar quadro em extinção da administração pública federal. A garantia desse direito foi proposta na PEC 11/2014, apresentada em 2011, tendo como primeira signatária a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP). As regras do enquadramento, incluído na Constituição em maio, estão definidas na Medida Provisória 660/2014, ainda em tramitação no Congresso.

Emenda Constitucional 80 - Garante à Defensoria Pública tratamento semelhante ao dispensado à Magistratura e ao Ministério Público. Determina que, no prazo de oito anos, a União, os estados e o Distrito Federal dotem todas as unidades jurisdicionais de defensores públicos. Estabelece ainda que o número de defensores deve ser proporcional à demanda e à população da região. A Emenda 80, promulgada em junho, teve origem na PEC 4/2014, do deputado Mauro Benevides (PMDB-CE).

Emenda Constitucional 81 - Permite a expropriação de propriedades rurais ou urbanas em que seja verificada a exploração de trabalho escravo. A PEC 57/1999, do ex-senador Ademir Andrade, tramitou durante 15 anos no Congresso antes de ser promulgada. Falta, porém, a edição de lei regulamentando a aplicação dessa medida. O PLS 432/2013,  que traz as regras específicas, inclusive a definição de trabalho escravo para fins de expropriação, tramita há mais de um ano e ainda precisa passar por votação no Senado e na Câmara.

Emenda Constitucional 82 - Inclui a segurança viária entre as ações de segurança pública e dá caráter constitucional à competência de órgãos e agentes de trânsito, estruturados em carreira, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Promulgada em julho, teve origem na PEC 77/2013, apresentada em 2011 pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

Emenda Constitucional 83 - Prorroga por 50 anos, até 2073, os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus. O prazo estabelecido no texto original da Constituição, 2013, já havia sido prorrogado por dez anos pela Emenda 42. A prorrogação, promulgada em agosto, foi proposta pelo Executivo em 2011 (PEC 20/2014). Para viabilizar a aprovação da emenda, foram prorrogadas também, pela Lei 13.023/2014, as reduções de IPI garantidas ao setor de informática (até 2029) e a validade das atuais Áreas de Livre Comércio (até 2050).


Emenda Constitucional 84 - Eleva de 23,5% para 24,5% a parcela do produto da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) destinada ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O aumento será feito por etapas: 0,5 ponto em 2015 e mais 0,5 ponto em 2016. A PEC 39/2013, que teve a senadora Ana Amélia (PP-RS) como primeira subscritora, foi promulgada em dezembro.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

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Discurso de posse do senador paraibano Raimundo Lira.


Vladimir Chaves

Confira o vídeo do discurso de posse do senador Raimundo Lira, feito no plenário do Senado Federal, neste dia 22 de dezembro de 2014. Lira assume a vaga do ex-senador Vital do Rêgo Filho, que renunciou o mandato para assumir o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. 


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

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Dirigente do PT ataca ex-gerente da Petrobras Venina Velosa: “Safada, vagabunda, rameira, imunda...”


Vladimir Chaves

As denuncias de corrupção na Petrobrás levadas a público pela ex-gerente da Petrobrás Venina Velosa Fonseca, no “Programa Fantástico” da Rede Globo, além de chocar o povo brasileiro, também despertou a irá de militantes políticos simpatizantes do Governo Federal.

É o caso do servidor público estadual e dirigente do Partido dos Trabalhadores da cidade de Cabaceiras - PB, José Carlos Duarte Pereira (foto). Em sua pagina social “Facebook” ele utiliza de todo tipo de adjetivos depreciativos na tentativa de desmoralizar a servidora.

“Venenosa, safada desqualificada, louca desequilibrada, monstruosa, cadela rameira, vagaba, cão sem dono, imunda...” são algumas das ofensas feitas pelo petista.

Confira os print das postagem.



segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

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Sindicalistas divergem quanto à concessão do prêmio “Escola de Valor”.


Vladimir Chaves

O prêmio “Escola de Valor e Mestre de Valor” concedido pelo Governo do Estado aos professores da rede estadual de ensino da Paraíba, não tem encontrado respaldo unanime no meio sindical da categoria. Enquanto uns elogiam a iniciativa do governador, outros criticam é o caso do professor e sindicalista Sizenando Leal, que através de “carta pública” afirmou que o “prêmio” não passa de uma tapeação do governo.

De acordo com o professor Sizenando, os educadores não têm motivos para comemorar o recebimento do “prêmio”, já que recebem um salário de miséria. Na carta ele solidariza-se com os mestres das escolas que não foram contempladas e os aposentados que são excluídos da “premiação”.

Por outro lado à professora e também sindicalista, Socorro Ramalho, através de sua pagina social “Facebook” comemorou e classificou o “prêmio” como um incentivo ao magistério. Na mesma postagem ela ainda parabeniza o governador Ricardo Coutinho (PSB), pela iniciativa.

Confira abaixo a visão dos dois professores sindicalistas:


Sizenando Leal: Prêmio Escola de Valor e Mestre de Valor é uma tapeação. Comemorar o que?

Convido a todos os professores da rede estadual de ensino da Paraíba a fazer uma reflexão sobre a concessão dos prêmios ESCOLA DE VALOR E MESTRE DE VALOR, principalmente os professores que atualmente estão comemorando o recebimento do 14º e/ou do 15º de forma eufórica.

A escola onde trabalho foi premiada, recebi o 14º salário, mas isso não me causa nenhuma alegria, pelo menos euforia não causa. Me sinto na verdade roubado pelo governo Ricardo Coutinho. Não fiz nenhum projeto para receber o premio MESTRE DE VALOR nem vou fazer em 2015.

Espero que cada professor seja capaz de fazer uma leitura critica sobre a realidade salarial, pelo menos. Se recebemos um salário de miséria como o que recebemos e nos sentimos desvalorizados, como educador, e não apenas como professor, deveríamos mostrar indignação.

Varias escolas não foram premiadas, a exemplo do ESTADUAL DA PALMEIRA onde trabalhei de 96 a 2000. Será  que as escolas que não receberam, assim como essa escola não tem valor? E os professores que fizeram seus projetos, desenvolvem bons trabalhos, a despeito da falta de condições de trabalho, não foram premiados,  como estão se sentindo?

Essa premiação não passa de um engodo. Uma farsa governamental que tirou direitos dos profissionais da educação e alimenta uma propaganda enganosa. Vou tentar nesse texto, mostrar a realidade que a propaganda esconde. Temos muito que lutar e na luta crescer na consciência para não aceitar esses engodos de governos sem compromisso com a educação do povo.

Em toda a história da Paraíba, muda o nome do governador e dos partidos que governam, mas não muda o tipo de política nem o compromisso. Nós professores temos que ser mais do que professor, temos que ser educadores, que luta pela educação de qualidade, por salário e condições de trabalho.

O Governo Ricardo Coutinho implantou uma política salarial dentro da lógica de uma política conhecida como meritocracia, copiada de governos de visão neoliberal como os governos do PSDB, do DEM  e de partidos que defendem  o mercado e suas regras sejam  definidoras das políticas sociais do Estado Brasileiro. O Governador Ricardo Coutinho, em 2011, iniciou uma política meritocratica na educação. Os professores e especialistas recebiam uma gratificação (GED/GEAP) correspondente a 40% (quarenta por cento) dos vencimentos que foi substituída por uma gratificação que não desconta para a previdência, e não é incluída na aposentadoria, causando um imenso prejuízo aos profissionais aposentados, a BOLSA AVALIAÇÃO  que atualmente é de R$ 325,00 para o nível superior. Alem dessa bolsa, o Governo Ricardo Coutinho, implantou o 14º e o 15º salários, através de dois prêmios, O PREMIO ESCOLA DE VALOR, onde as escolas concorrem através de projetos que se  forem aprovados, todos os professores e funcionários recebem um 14º salário. O PREMIO MESTRE DE VALOR, recebe projetos dos professores, que se aprovados recebem mais uma bonificação, o 15º salário.

Com a divulgação dos resultados das escolas e dos professores contemplados com o 14º e o 15º salários, a euforia de vários professores que foram contemplados e a tristeza dos que não foram, me trouxe a preocupação muito grande, razão pela qual construí esse texto.

Como aceitar que uma escola não receba o premio porque diretores que passaram a tres ou quatro anos deixaram a escola inadimplente e apesar do esforço de todos não conseguiram superar o problema? As metas estabelecidas são verdadeiros insultos. A avaliação dos projetos coletivos para o 14º e individuais para o 15º são avaliados de forma transparentes? As escolas e os professores não teriam direito de saber os “defeitos” de seus projetos? Existem diferenças grandes entre os projetos aprovados e os não aprovados?  Dezenas de questões poderiam ser levantadas, mas não adianta levantar questões em que o problema não está no processo de avaliação e sim na própria lógica de premiação e de concessão de bolsas como política salarial. A seguir vou comparar o que cada professor os salários, os valores que cada professor receberia se a GED tivesse não tivesse sido criminosamente retirada para ser implantada no vencimento, tomando como referencia o nível superior.
              
TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES COM A GED (QUE FOI RETIRADA EM 2011)
VENCIMENTO
GED (40%
TOTAL BRUTO MENSAL
ANUAL
TOTAL BRUTO ANUAL
1.527,00
610,80
2.137,80
28.496,87
28.496,87

TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES  INCLUINDO BOLSA AVALIAÇÃO E “PRÊMIOS”
VENCIMENTO
BOLSA
BRUTO MENSAL
BRUTO ANUAL
14º
15º
TOTAL BRUTO ANUAL
1.527,00
325,00
1.852,00
24.687,16
1.852,00
1.852,00
28.391,16

Qualquer pessoa, mesmo que não entenda das operações aritméticas simples, concluirá que o Governador Ricardo Coutinho fez foi uma tapeação, uma manobra para enganar aos professores de pouco (ou nenhum) senso critico e à população.

Para os professores de escolas que não receberam o PREMIO ESCOLA DE VALOR, nem receberam o PREMIO MESTRE DE VALOR, durante o ano, tiveram uma diminuição (pra não dizer outra coisa) de R$ 3.704,00, um prejuízo de no mínimo 13,37% do que receberia sem premiação nenhuma, se a GED/GEAP não tivesse sido retirada.

Se todos os professores de todas as escolas recebessem o premio sem exceção, os salários ainda ficariam R$ 105,71 a menos, mas para os professores e professoras em final de carreira o prejuízo é muito maior.

TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES EM FINAL DE CARREIRA (COM A GED (RETIRADA EM 2011)
VENCIMENTO
GED
SAL. BRUTO MENSAL
ANUAL
14º
15º
SAL. TOTAL BRUTO  ANUAL
1.985,92
794,37
2.780,29
37.061,24
-
-
37.061,24

TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES EM FINAL DE CARREIRA COM BOLSA AVALIAÇÃO ETC
VENCIMENTO
BOLSA
BRUTO MENSAL
ANUAL
14º
15º
TOTAL
1.985,92
325,00
2.310,92
0.804,56
2.310,92
2.310,92
35.426,40

O Prejuízo dos professores (as) em final de carreira, se todos recebessem os dois prêmios seria de R$ 1.634,84., equivalente a 4,61%. Mas se no final da carreira, os professores não receberam  nenhum premio, o prejuízo é de R$ 6.256,68; o que equivale a 16,88% de prejuízo no ano.

Os professores aposentados que não recebem prêmio, pelo contrario, depois de anos de dedicação amargam um enorme prejuízo. Será que os professores que estão euforicamente comemorando a premiação, sabem que os professores aposentados amargam um enorme prejuízo e que um dia cada um de nós, comemorando ou não o premio, iremos nos aposentar com o prejuízo que vou demonstrar a seguir?

TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES APOSENTADOS COM A GED ( RETIRADA EM 2011)
VENCIMENTO
GED
SAL. BRUTO MENSAL
ANUAL
14º
15º
SAL. TOTAL BRUTO  ANUAL
1.985,92
794,37
2.780,29
37.061,24
-
-
37.061,24

TABELA DE SALARIOS DOS PROFESSORES APOSENTADOS – SITUAÇÃO ATUAL
VENCIMENTO
BOLSA
TOTAL MENSAL
TOTAL ANUAL
1.985,92
0
1.985,92
25.816,96


O Governo Ricardo Coutinho, para os aposentados, foi um verdadeiro carrasco. O prejuízo é de aproximadamente R$ 11.244,28; equivalente a 30,34%.  Para pagar as mesmas despesas de um professor aposentado com a GED, mas recebendo o salário  atual (com o confisco da GED), esse professor(a) teria dinheiro para pagar as despesas até o dia 11 de setembro, ficando no vermelhos do dia 12 de setembro até 31 de dezembro. ISSO É QUE SE PODE CHAMAR DE ASSALTO!
  
Sizenando Leal Cruz
Professor da Escola Estadual São Sebastião


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