Boquinha: Em encontro organizado por Nilda Gondin, mulheres de deputados pleiteiam direito a cota de passagens aéreas.


Vladimir Chaves

O Jornal o Globo divulgou matéria de um encontro organizado pela  ex-deputada Nilda Gondin, com o agora presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) e algumas esposas de deputados.

O encontro poderia passar despercebido não fosse o pedido do aumento das mamatas que já desfrutam os senhores parlamentares, dentre os pedidos feitos, o custeio por parte do contribuinte de passagens aéreas para que as madames possam acompanhar os maridos, que elas chamam de “cota de passagens aéreas para as mulheres dos políticos”.

Confira a matéria de O Globo (edição 31.01.15)

Mulheres de deputados pedem que Cunha interceda pela cota de passagens para esposas

Além dos pedidos corporativos dos deputados, o candidato do PMDB à Presidência da Câmara Eduardo Cunha (RJ) também precisa lidar com os pedidos de esposas dos parlamentares. Um deles em especial foi refeito, neste sábado, em chá oferecido às mulheres de deputados por Nilda Gondim (PMDB-PB) para a candidatura do peemedebista. Izamar Rodrigues, esposa do deputado Remídio da Amatur (PR-RR), solicitou que o deputado fluminense analise o retorno da cota de passagens aéreas para as mulheres dos políticos. O pedido já foi feito quando Cunha visitou Roraima.

Izamar comentou que apesar de o PR, partido do marido, ter decidido fazer bloco oficial com o PT na Câmara, ela fez questão de vir ao chá em homenagem a Cunha porque tem muita simpatia por ele. Indagada se acreditava que poderia influenciar no voto do marido, Izamar respondeu:

— O casal sempre tem que estar em acordo. Nós temos influência. O PR fechou com o PT, mas temos simpatia pelo Eduardo Cunha. Ele é sempre muito receptivo com as esposas. Ele foi a Roraima e chamou as mulheres de deputados. Eu fiz até um pedido a ele: retornar o nosso direito às passagens (da cota parlamentar). A gente mora longe, é difícil. Mulher de político abdica da sua própria vida. (Eu) tranquei duas vezes a faculdade de direito. Sem a cota para as mulheres ficou muito difícil — conta.

Depois do escândalo do uso indevido das passagens da cota parlamentar para viagens de férias e de familiares, a Câmara decidiu que apenas os deputados teriam direito a passagens, abrindo exceção apenas para assessores, desde que autorizado pela Mesa Diretora. Segundo Iza, Cunha prometeu lutar, se eleito, para que o direito das mulheres às passagens seja novamente garantido.

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