Sem conseguir barrar a
criação da CPI do INSS, o PT agora atua nos bastidores para preencher os
assentos da comissão com aliados do governo Lula. A manobra tem um objetivo
pontual: garantir o controle sobre os rumos da investigação que apura fraudes
bilionárias em aposentadorias e pensões, com descontos indevidos que já atingem
milhares de beneficiários.
A estratégia do partido
inclui a articulação para garantir maioria governista entre os titulares e
suplentes da CPI, o que permitiria ditar o ritmo dos trabalhos, escolher o
relator e, eventualmente, blindar figuras próximas ao Planalto de possíveis
convocações.
Antes disso, a sigla tentou
esvaziar politicamente a CPI, pressionando líderes partidários a não indicarem
nomes. Com a pressão popular e a adesão da oposição, a tática não funcionou, e
o governo mudou de postura: se não pode impedir a CPI, o plano passou a ser
dominá-la por dentro.
A movimentação do PT abriu
críticas nas redes sociais, sobretudo entre parlamentares da oposição, que
acusam o governo de tentar transformar uma investigação legítima em palanque
político para desviar o foco da responsabilidade administrativa.
A CPI foi protocolada após
forte mobilização de aposentados, entidades civis e parlamentares da oposição,
diante das denúncias de que empresas, com suposta anuência de órgãos públicos,
realizaram descontos indevidos nas aposentadorias. O Palácio do Planalto nega
envolvimento direto no esquema.
0 comentários:
Postar um comentário