Pregadores com pouca Palavra e muita performance


Vladimir Chaves


Vivemos tempos em que muitos púlpitos foram transformados em palcos, onde a eloquência, a performance e o carisma são mais valorizados do que a fidelidade à Palavra de Deus.

A Bíblia, no entanto, já previa tempos assim — e nos adverte contra isso.

"Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntaram mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos”  2 Timóteo 4:3

Nos dias de Jeremias, já existiam aqueles que falavam apenas o que vinha do coração deles — visões, ideias e sonhos pessoais — não o que vinha da parte do Senhor.

"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não ouçam o que os profetas estão profetizando para vocês; eles os enchem de falsas esperanças. Falam de visões inventadas por eles mesmos e que não vem da boca do Senhor” Jeremias 23:16

Deus continua dizendo: "Eu não os enviei!"

Jesus não prometeu fama e aplausos para aqueles que o seguissem. Pelo contrário, o verdadeiro Evangelho é caminho de renúncia e transformação.

"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." Mateus 16:24

Entretanto, muitos pregadores ao invés trazerem a mensagem da cruz oferecem uma mensagem que promove autoestima, prosperidade material e sucesso terreno. Esse evangelho não confronta o pecado, não serve para a salvação, não prega arrependimento e nem transforma.

Paulo confronta esse tipo de evangelho:

“Pois a nossa exortação não tem origem no erro nem motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los; ao contrário, como homens aprovados por Deus para nos confiar o evangelho, não falamos para agradar pessoas, mas a Deus, que prova o nosso coração” 1 Tessalonicenses 2:3-4

A Palavra de Deus não precisa de enfeites ou manipulações emocionais para ter poder.

"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder." 1 Coríntios 2:4

O que transforma vidas não é o estilo do pregador, mas a presença do Espírito Santo através da Palavra pregada com verdade e unção. Quando substituem isso por mungangas e frases emotivas, perdem a essência do ministério.

Pregadores que falam muito, mas dizem pouco da Palavra, podem até emocionar, mas não alimentam espiritualmente. O povo de Deus precisa da sã doutrina, de púlpitos cheios da Bíblia, e de pregadores que estejam mais preocupados em agradar ao Céu do que aos homens.

"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda paciência e doutrina." 2 Timóteo 4:2

Que o Senhor levante uma geração de mensageiros com temor, cheios da Palavra, ungidos pelo Espírito, e dispostos a pregar com fidelidade — mesmo que não renda aplausos e selfies.

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