Contra as tramoias da direita: Sustentar Dilma Rouseff


Vladimir Chaves

Se por um lado não podemos nos privar de críticas ao governo do PT, mas críticas construtivas, por outro, não podemos ingenuamente permitir que as transformações politico-sociais alcançadas nos últimos 10 anos sejam desmoralizadas

É notório que a direita brasileira especialmente aquela articulação de forças que sempre ocupou o poder de Estado e o tratou como propriedade privada (patrimonialismo), apoiada pela mídia privada e familiar, estão se aproveitando das manifestações massivas nas ruas para manipular esta energia a seu favor. A estratégia e fazer sangrar mais e mais a Presidenta Dilma e desmoralizar o PT e assim criar uma atmosfera que lhes permite voltar ao lugar que por via democrática perderam.

Se por um lado não podemos nos privar de críticas ao governo do PT (e voltaremos ao tema), mas críticas construtivas, por outro, não podemos ingenuamente permitir que as transformações politico-sociais alcançadas nos últimos 10 anos sejam desmoralizadas e, se puderem, desmontadas por parte das elites conservadoras. Estas visam a ganhar o imaginário dos manifestantes para a sua causa que é inimiga de uma democracia participativa de cariz popular.

Seria grande irresponsabilidade e vergonhosa traição de nossa parte, entregar à velha e apodrecida classe política aquilo que por dezenas de anos  temos construido, com tantas oposições: um novo sujeito histórico,  o PT e partidos populares, com a inserção  na sociedade de milhões de brasileiros. Esta classe se mostra agora feliz com a possibilidade de atuar sem máscara e mostrando suas intenções antes ocultas: finalmente, pensa, temos chance de voltar e de colocar esse povo todo que reclama reformas, no lugar que sempre lhe competiu historicamente: na periferia, na ignorância e no silenciamento. Aí não incomoda nem cria caos na ordem que por séculos construímos mas que, se bem olhrmos, é ordem na desordem ético-social.

Esta pretensão se liga a algo anterior e que fez história. É sabido que com a vitória do capitalismo sobre o socialismo estatal  do Leste europeu em 1989, o Presidente Reagan e a primeira ministra Tatscher inauguraram uma campanha mundial de desmoralização do Estado, tido como ineficiente e da política como empecilho aos negócios das grandes corporações globalizadas e à lógica da acumulação capitalista. Com isso visava-se a chegar ao Estado mínimo, debilitar a sociedade civil e abrir amplo espaço às privatizações e ao domínio do mercado, até conseguir a passagem de uma sociedade com mercado para uma sociedade de puro mercado no qual tudo, mas tudo mesmo, da religião ao sexo, vira mercadoria. E conseguiram. O Brasil sob a hegemonia do PSDB se alinhou ao que se achava o marco mais moderno e eficaz da política mundial. Protagonizou vasta privatização de bens públicos que foram maléficos ao interesse geral.

Que isso foi uma desgraça mundial se comprova pelo fosso abissal que se estabeleceu entre os poucos que dominam os capitais e as finanças e a grandes maiorias da humanidade. Sacrifica-se um povo inteiro como a Grécia, sem qualquer consideração, no altar do mercado e da voracidade dos bancos. O mesmo poderá acontecer com Portugal, com a Espanha e com a Itália.

A crise econômico-financeira de 2008 instaurada no coração dos países centrais que inventaram esta perversidade social, foi consequência deste tipo de opção política. Foram os Estados que tanto combateram que os salvaram da completa falência, produzida por suas medidas montadas sobre a mentira e a ganância (greed is good), como não se cansa de acusar o prêmio Nobel de economia Paul Krugman. Para ele, estes corifeus das finanças especulativas deveriam estar todos na cadeia como criminosos. Mas continuam aí faceiros e rindo.

Então, se devemos criticar  a nossa classe política por ser corrupta e o Estado por ser ainda, em grande parte, refém da macro-economia neoliberal, devemos fazê-lo com critério e senso de medida. Caso contrário, levamos água ao moinho da direita. Esta se aproveita desta crítica, não para melhorar a sociedade em benefício do povo que grita na rua, mas para resgatar seu antigo poder político especialmente, aquele ligado ao poder de Estado a partir do qual garantia seu enriquecimento fácil. Especialmente a mídia privada e familiar, cujos nomes não precisam ser citados, está empenhada fevorosamente neste empreitada de volta ao  velho status quo.

Por isso, as demonstrações devem continuar na rua contra as tramoias da direita. Precisam estar atentas a esta infiltração que visa a mudar o rumo das manifestações. Elas invocam a segurança pública e a ordem a ser estabelecida. Quem sabe, até sonham com a volta do braço armado para limpar as  ruas.

Dai, repetimos, cabe reforçar o governo de Dilma, cobrar-lhe, sim,  reformas políticas profundas, evitar a histórica conciliação entre as forças em tensão e o oposição para juntas novamente esvaziar o clamor das ruas e manterem um status quo que prolonga  benefícios compartilhados.

Inteligentemente sugeriu o analista politico Jeferson Miolo em Carta Maior (07/7/2013):”Há uma grave urgência política no ar. A disputa real que se trava nesse momento é pelo destino da sétima economia mundial e pelo direcionamento de suas fantásticas riquezas para a orgia financeira neoliberal. Os atores da direita estão bem posicionados institucionalmente e politicamente…A possibilidade de reversão das tendências está nas ruas, se soubermos canalizar sua enorme energia mobilizadora. Por que não instalar em todas as cidades do país aulas públicas, espaços de deliberação pública e de participação direta para construir com o povo propostas sobre a realidade nacional, o plebiscito, o sistema político, a taxação das grandes fortunas e do capital, a progressividade tributária, a pluralidade dos meios de comunicação, aborto, união homoafetiva, sustentabilidade social, ambiental e cultural, reforma urbana, reforma republicana do Estado e tantas outras demandas históricas do povo brasileiro, para assim apoiar e influir nas políticas do governo Dilma”?

Desta forma se enfrentarão as articulações da direita e se poderá com mais força reclamar reformas políticas de base que vão na direção de atender a infra-estrutura reclamada pelo povo nas ruas: melhor educação, melhores hospitais públicos, melhor transporte coletivo e menos violência na cidade e no campo.

Leonardo Boff

domingo, 7 de julho de 2013

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Projeto abre oportunidade ao primeiro emprego


Vladimir Chaves

A Assembleia Legislativa da Paraíba analisa o Projeto de Lei 1.129/12, do deputado estadual Jutay Meneses (PRB), que determina às empresas que prestam serviços terceirizados ao Governo do Estado a contratar mão-de-obra para ocupação do primeiro emprego.

A oportunidade para que os jovens se insiram no mercado de trabalho deverá ser aprovada em lei, segundo a proposta. Serão beneficiadas pessoas maiores de 18 anos de idade e menores de 28. O empregado deverá apresentar a carteira de trabalho comprovando que nunca exerceu função qualificada.

O projeto prevê também a necessidade de que o beneficiado esteja cursando ou concluído o ensino médio em escola pública ou privada.


Segundo Jutay Meneses, a admissão para o primeiro emprego sem a exigência de especialização vai absorver muitas pessoas que estão na ociosidade. “Existe muita gente que teria sido grande profissional, mas faltou apenas demonstrar suas habilidades. Muitas vezes elas não tiveram sequer condições de fazer um curso preparatório”, destacou.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

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BARRIGADA: Assessoria do senador Vital do Rêgo divulga matéria em que o senador comemora o Dia da Imprensa como sendo o dia 1º de Julho.


Vladimir Chaves

Blogs e sites administrados por jornalistas e “jornalistas” foram levados pela assessoria de impressa do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB), a cometerem à conhecida “barrigada” (Barrigada é um jargão jornalístico que significa erro, informação errada). Redações receberam release da assessoria  onde o senador Vital do Rêgo, em homenagem ao “Dia Nacional da Impressa” exalta os profissionais e cobra a aprovação da PEC dos Jornalistas.

“No dia da Imprensa comemorado nesta segunda-feira (01), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) voltou a defender a aprovação da proposta de emenda à Constituição que restabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão, a (PEC 33/2009)” diz o texto da assessoria do senador paraibano.

DETALHE: O Dia Nacional da Imprensa não é comemorado no dia 1º de julho e sim do dia 1º de junho. O Dia da Imprensa no Brasil foi instituído pela Lei 9.831/99.

1º de junho ficou marcado como o Dia Nacional da Imprensa por ter sido a data em que circulou no país a primeira edição do Correio Braziliense. Esse jornal foi editado pelo brasileiro Hipólito José da Costa, em 1808, durante seu exílio em Londres.


Até 1999, o Dia Nacional da Imprensa era comemorado em 10 de setembro, pois foi a data em que circulou o primeiro número do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, sob proteção do governo de D. João VI, com um forte caráter oficial.

Leia a integra do texto enviado pela assessoria do senador:

Vital cobra aprovação da PEC dos Jornalistas e parabeniza profissionais pelo Dia da Imprensa

No dia da Imprensa comemorado nesta segunda-feira (01), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) voltou a defender a aprovação da proposta de emenda à Constituição que restabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão, a (PEC 33/2009).

Defensor da liberdade de expressão, Vital reafirmou a importância dos profissionais colaboradores, que escrevem sobre suas áreas específicas, porém, entende que, para ser jornalista, é necessário que se tenha o conhecimento técnico adquirido na faculdade.

No entendimento do senador, sem o diploma, as pessoas inaptas para o jornalismo podem correr o risco de escrever e cometer erros que um profissional com formação técnica não comete, gerando danos irreparáveis a sociedade. Uma matéria sem critérios de avaliação e responsabilidade pode segundo o parlamentar, destruir a vida de uma pessoa, causar problemas na sociedade.



A exigência do diploma de curso de nível superior em jornalismo para exercício da função de jornalista foi aprovada pelo Senado em 2012 com voto favorável de Vital. O senador une-se ao apelo dos deputados federais Hugo Motta (PMDB) e Nilda Gondim (PMDB) que pedem que a Câmara dos Deputados, defina uma data para votação da PEC 33 dos Jornalistas, aprovada pelo Senado em 2012. Hugo revelou ao senador que já apresentou requerimento de urgência


para a apreciação da referida PEC. O senador Vital destaca que a regulamentação da profissão de jornalista poderá ter um desfecho em 2013.
Sabedor da função que o jornalista desempenha em prol da construção de uma sociedade mais justa e fraterna, Vital fez questão de parabenizar o profissional pelo transcurso da data e disse que aprovação do projeto que exige a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão é sua bandeira de luta. “Reconhecemos perfeitamente da importância do profissional. O jornalista pode ser considerado um divisor de águas, um fiel escudeiro da democracia “, afirmou.

O senador observou que na Paraíba tem grandes e bons profissionais da imprensa que exercem a profissão com zelo e competência contribuindo assim para uma sociedade mais justa e fraterna. Vital disse que sempre teve um bom relacionamento com a imprensa sempre valorizando-os e reconhecendo o seu papel na divulgação de notícias que mantém a sociedade informada.

Vital disse que é a imprensa quem informa à população os temas de interesse da sociedade, registra os fatos positivos e denuncia os erros, os desmandos e a corrupção, cobrando providências da autoridade pública. O profissional da comunicação neste âmbito segundo ele assume a função de educar a sociedade e fortalecer a democracia. “Não resta dúvida de que é preciso que esteja muito bem preparado como qualquer outra categoria”, afirmou.

O senador peemedebista observou ainda que, quando o jornalista escreve, ele não o faz somente para quem tem curso superior, mas também para todos os segmento d população, incluindo aqueles que não tiveram acesso à educação formal. Ele lembrou que hoje a sociedade vive na era da informação instantânea, das mídias sociais. “Se o jornalista não for bem preparado para essa realidade, como esperar que ele exerça a profissão de educar para a democracia?”, questionou.

Por esse motivo, Vital voltou a cobrar a aprovação em segundo turno da PEC 33/2009, que restabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão.

Dia da imprensa - Até o século XV não existia o que hoje chamamos de imprensa. Um alemão, João Gutemberg, foi o inventor do processo de impressão com tipos móveis, e desse aperfeiçoamento nasceu a verdadeira imprensa, que tem sido sempre mais aperfeiçoada até os nossos dias. O primeiro jornal diário brasileiro, o "Diário do Rio de Janeiro", aparecido a  1° de junho de 1821, foi fundado por Zeferino Vitor Meireles, que trabalhava na imprensa Régia e onde por concessão especial  do Príncipe Regente, imprimiu os primeiros números do seu jornal.

A imprensa é um dos esteios da Ordem, da Democracia e do Progresso. Por seu intermédio, ou através dela se propagam as boas e generosas causas, se difundem conhecimentos e advogam e pregam princípios e ideias.
Assessoria

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